Vin de Paille é o termo francês para “ vinho de palha” (
Strohwein na Alemanha), um pequeno grupo de vinhos brancos doces necessariamente
caros, porém frequentemente deliciosos e longevos. São essencialmente um
sub-grupo dos vinhos elaborados com uvas secas, no caso em mantas de palha.
No catálogo de vinhos de Cyrus Redding , do século XIX fica
evidente que esses vinhos eram muito mais comuns naquela época, e além de
encontrá-los na região de Hermitage ( ermitage-paille , que existem até hoje ),
também há registros em Jura, Alsácia e Correze. Na mesma época alguns
produtores de Rust, na Áustria também utilizavam a técnica.
Atualmente a produção dessa raridade se resume a safras onde
as uvas atingiram altos graus de maturação em Hermitage, Arbois, ocasionalmente
L’Etoile e Côtes Du Jura. Por muito tempo no século XX não se produziu vin de
paille em Hermitage, mas Gerard Chave reviveu a prática com uvas Marsanne
saudáveis e sem colheita tardia em 1974, e logo foi seguido por Chapoutier e
outros produtores.
Hoje em dia os produtores da Jura normalmente secam suas
uvas Savagnin, Poulsard ou Chardonnay em caixas ao invés de deixá-las ao ar
livre nas esteiras. O potencial mínimo alcoólico deve ser 19% ( ao contrário
dos 14% de Hermitage). As uvas normalmente são prensadas em janeiro e 100KG de
uvas rendem menos de 20 litros de suco. Os produtores de Jura precisam
necessariamente amadurecer seus vin de paille em tonéis por pelo menos 3 anos e
os vinhos precisam possuir um teor alcoólico de pelo menos 14%. São capazes de
envelhecer por muitos anos na garrafa.
Alguns experimentos estão sendo realizados na Alsácia.
Referências:
Livingstone-
Learmonth, J., The Wines of the Northen Rhône ( Berkeley, 2005)
Nenhum comentário:
Postar um comentário